quarta-feira, 6 de abril de 2011

Será que meu filho tem problema auditivo?


Um dos sinais de que alguma coisa não vai muito bem com a audição das crianças normalmente é percebido quando os pais não suportam mais o som tão constantemente alto da televisão dos filhos. Existem, porém outros aspectos importantes que podem ajudar a perceber se os pequenos possuem ou não deficiência auditiva. Por isso, atenção: o diagnóstico precoce faz toda diferença para proporcionar à criança uma vida normal e feliz!

Segundo a fonoaoudióloga da Audibel – empresa de aparelhos auditivos – especialista em Audiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Tatiana Ottoni, bebês com problemas auditivos normalmente não reagem a estímulos sonoros. Exemplo: não se assustam quando uma porta bate. Também são bebês que não balbuciam. Além disso, tendem a chorar muito porque não têm a sensação da mãe por perto a não ser que a estejam vendo.

“Um exemplo disso é que se a mãe estiver lavando louça na pia da cozinha, longe do carrinho, o bebê tenderá a chorar porque tem a sensação de solidão”, explica. Em crianças maiores, a fonoaudióloga alerta que é comum a troca na fala e uma demora excessiva no desenvolvimento da linguagem. “Os pais devem ficar muito atentos e ao menor sinal de problema procurar um otorrinolaringologista para fazer a audiometria, teste capaz de detectar se a criança tem algum problema auditivo.” Recentemente, uma lei federal tornou obrigatório em maternidades de todo o país, o teste da orelhinha, exame capaz de detectar em bebês recém-nascidos a existência de problemas auditivos.

A falta de ajuda às crianças que apresentam o problema pode causar prejuízos não só no desenvolvimento linguístico, como intelectual e emocional. “São crianças que tendem a ficar isoladas e ter mais dificuldade para se relacionar, complicações que podem se estender para a vida toda. Por isso, é importante se informar”, explica a fonoaudióloga.

Estima-se que a cada mil crianças nascidas três apresentam deficiência auditiva. É comum pensar que os exames diagnósticos devem ser feitos apenas em crianças que apresentam algum fator de risco relacionado a esta deficiência, porém, sabe-se que 50% dos casos não apresentam pré-disposição para problemas auditivos. No Brasil, a maioria dos casos encontrados tem origem não-genética, sendo causados por fatores pré-natais (rubéola da mãe durante a gestação), peri-natais (falta de oxigênio durante o parto) ou pós-natais (caxumba, sarampo, meningite, otites médias). A maior parte destes problemas pode ser evitada por meio de vacinas e tratamentos medicamentosos.

É importante tomar cuidado também na amamentação de bebês. Pouca gente sabe, mas dar mamadeira para o bebê deitado pode fazer mal, já que na orelha média, há um canal chamado tuba auditiva, que faz a comunicação do ouvido com a garganta e é responsável por regular a pressão nos ouvidos. Os bebês possuem a tuba auditiva mais horizontalizada e, portanto, se dermos a mamadeira com ele deitado, o leite poderá ir para o ouvido e causar dores ou infecções no ouvido gerando outras complicações.

Fonte:http://maesefilhos.com/

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